segunda-feira, 15 de setembro de 2008

FALHA DE COMUNICAÇÃO



Ninguém é SÓ o que parece


Com o tempo, a gente acaba sintetizado tudo o que temos a dizer por preguiça de ter que se explicar, por medo de não ser compreendido; você sabe: dá muito trabalho expor toda aquela linha sucessiva de idéias que levaram à conclusão de que 'A + B não dá C, e que C não é o D que você sente quando quer o E mas precisa do C'.

Nos acostumamos a responder "bem" quando nos perguntam como estamos, a soltar aquele sorriso quando somos apresentados, ou a dar um beijo em cada despedida; com isso acabamos mecanizando os tratamentos porque, imagina tudo o que teríamos que explicar se respondéssemos que os dias não estão dos melhores? Uma perda de tempo e paciência. Sem contar que é dolorido ter que abrir as janelas da alma para que ao final ninguém entenda o valor das cortinas.

Mas o real problema começa quando resumimos nossa vida para nós mesmos, numa tentativa desesperada de ser intocável.

E quando isso acontece, perdemos a noção do que realmente somos, pois já não é clara a barreira que divide o que sentimos, o que achamos que sentimos e o que deveríamos sentir. E mesmo que você não entenda agora: é impossivel observar a vida projetada desde cima, que querer ser apenas racional é comprar uma briga com seu ego e que nós SOMOS o que PROVAMOS o gosto para fazer nossas ESCOLHAS e assim, permitirmos viver tudo aquilo que SENTIMOS.


Um comentário:

Rfa disse...

"A idéia a manter num estado constante de partida e ficando sempre na chegada. Isso poupa apresentações e despedidas.."

:D